CHESVAN

é o oitavo mês, conhecido como mês da mabul - do Dilúvio. Isso porque as chuvas, no relato de Noé, começam em cheshvan e terminam em cheshvan do ano seguinte. É o único mês sem nenhuma celebração ou evento no calendário e diz-se estar reservado para a inauguração do Terceiro Templo em dias messiânicos.

LETRA: nun. Seu significado é "reinar" (nin) e aponta para a vinda do Messias e seu "reinado". O número oito (oitavo mês) representa o tempo fora do tempo, uma vez que a semana tem só sete dias. O nun tem valor numérico 50, simbolizando os 50 portais de compreensão a que terá acesso o Messias.

ZODÍACO: akrav (escorpio-escorpião). Por ser venenoso é o arquétipo da serpente do paraíso. Sua raiz vem da palavra ekev (tornozelo).
Em Gênesis lemos sobre a cobra: "E tu morderás o tornozelo dos humanos."
A serpente representa a expulsão do Éden e o Mashiach, o retorno. Mashiach e serpente (nachash) tem o mesmo valor numérico (372). A permutação das letras de cheshvan forma a palavra nachash (serpente) acrescida da letra nun específica deste mês.

TRIBO: Menashe . É o filho primogênito de José. A permutação de suas letras forma a palavra neshamá (alma), a ser iluminada nos dias messiânicos.

SENTIDO: olfato . Este é o mais espiritual dos sentidos por ser o mais sublime e imaterial. Dos sentidos é o mais sutil. A própria alma (neshamá ou ruach) está relacionada ao ar que transporta as fragrâncias.

Depois de um mês carregado de significado e festas, vem a pausa deste mês que não tem nenhuma celebração. Cheshvan representa o retorno à rotina e ao comum.
Como se o tempo recobrasse a sua rotina e o hábito de se fazer passar resgatando o
senso de reinício do próprio calendário.
Somos nós que demarcamos o tempo com nossos monumentos (matsevot) e nossas
memórias. Mas o tempo é só passagem e Cheshvan serve como uma janela por entre os eventos do calendário. Como se por essa fenda, essa abertura, pudéssemos observar a essência fugaz e transitória do tempo.

 
 
TISHREI