TISHREI

é o sétimo mês do ano e marca o início do outono. Antes da entrega da Torá era o primeiro mês do ano. Suas letras permutadas formam a palavra reshit (começo) porque nele aconteceu Bereshit, a criação do universo. É a partir dele que contabilizamos os anos e como o sétimo mês, representa o shabat dos meses.

LETRA: lamed. É a única letra do alfabeto hebraico que transcende o limite superior das letras. Representa, portanto, a aspiração por elevação e o desejo de teshuvá, de conserto e transformação espiritual. Seu formato simboliza o lulav da festa de Sucot.

ZODÍACO: moznaim (libra-balança). Simboliza a ponderação e o julgamento próprios deste período que inclui os 10 dias de reflexão e de "retorno" (teshuvá). Moznaim (balança) tem origem na palavra oznaim (ouvidos) já que neles se produz o nosso equilíbrio.

TRIBO: Efraim. É o filho de José e representa fertilidade e procriação. A origem da palavra vem do primeiro mandamento (pru - frutifiquem!) dado a Adão e Eva.

SENTIDO: toque. Diz respeito ao mundo da sexualidade. É o único sentido que não está localizado na face e simboliza o fim da colheita celebrando a fertilidade e a (re)produção.

FESTAS: Rosh Há-Shana, lom Kipur, Sucot e Simcha Tora.

MITSVOT: shofar, jejum, 04 espécies (lulav, etrog, arava e Hadas).

Sendo o reverso da primavera (Nissan), Tishrei não planta, mas colhe.
É o aspecto criativo de Deus, manifesto na "colheita" do Gênesis, da Criação.

Tishrei representa os bastidores para que o ano possa ser de prosperidade.
Antes de semear - como ocorrerá no próximo Nissan - é preciso preparar o solo.
Sem a gratidão pela colheita terminada, a terra fica empobrecida.
Sem um balanço profundo sobre a vida, a terra se torna árida.
É isso que fazemos durante a reflexão entre os dias de Rosh Há-Shana e lom Kipur.
Ali renovamos os sais e os minerais do solo, ou as entranhas espirituais por onde flui a vitalidade que sustenta a vida.

 
 
INTRODUÇÃO