SHEVAT

é o décimo primeiro mês e o mês do Ano Novo das Árvores.
Este "ano novo" serve como marco para o dízimo de frutos e a idade das árvores (orlá).
Festejam-se os sete principais frutos da terra de Israel.

LETRA: tsadik. Significa "justo". Como é dito nos Salmos "o justo como a tamareira frutificará". O fruto mais fantástico e mais aprazível da árvore da vida é o "justo". A flor é a santidade (kedushá) da qual se extrai o mel da Árvore da Vida. Mas seu fruto (onde estão as sementes) são os atos de justiça e justeza. A forma da letra se assemelha a uma árvore.

ZODÍACO: d'li (aquário). Este é o mês em que as chuvas ocorrem em maior quantidade, essenciais para as árvores. O jarro transbordante é um sinal de bênção e, segundo a Torá, a chuva tem relação com nossos atos de justiça. A justiça é a plataforma da sobrevivência.

TRIBO: Asher. Significa "prazer" ou "alegria" (ashrei). Jacó abençoa seu filho Asher dizendo: "dele vem pão delicioso e iguarias para os reis". Simboliza, portanto, o sentido do gosto e do paladar.

SENTIDO: paladar, gosto. O paladar não é só uma medida de qualidade, mas quantidade. O justo se apraz com o que é apropriado, o perverso nunca se contenta. O senso de suficiência é tão refinado quanto o do paladar.

FESTA: Tu bi-Shevat, o Ano Novo das Árvores.

MITSVÁ: celebrar as sete espécies de frutos de Israel.

Este mês cujo nome se assemelha ao do shabat (shevat) manifesta um dos fenômenos mais bonitos da materialidade. Trata-se do casamento das águas com a terra e o oferecimento de seu fruto mais majestoso - a árvore. E da árvore vem o fruto mais sublime que é o gosto. Não há gosto no universo frio e escuro.
O ato da criação dá luz, dá frutos, dá espécies e dá shabat. Essa multiplicidade originada na diferenciação depende das águas. As águas de cima e as águas debaixo iniciam um processo fantástico de distinção no qual temos que buscar a equanimidade e a imparcialidade. Tarefa difícil de saber julgar, preservando respeito por tudo e não apenas por nossa predileção.

 
 
TEVET